Na gestão das finanças pessoais existe uma série de despesas das quais é impossível escapar, visto que estão ligadas a elementos essenciais do nosso cotidiano. A conta de energia é uma delas. A eletricidade, a água, o gás e a gasolina são os elementos que constituem o gasto energético habitual de uma família e que representam uma percentagem significativa das despesas mensais de uma habitação. Na verdade, a gestão eficiente desses recursos pode significar a diferença entre dívida e a economia.
E o fato é que, na hora de colocar em dia as finanças pessoais, a primeira coisa a fazer é cortar gastos desnecessários e otimizar os recursos disponíveis, aqueles que não costumamos dar muita atenção, assim como é o caso da energia.
A eletricidade é um dos grandes “inimigos” da economia. Está presente em quase todas as áreas da vida cotidiana, desde a cozinha, à televisão e outros aparelhos eletrônicos, passando pelos sistemas de iluminação e até de aquecimento em alguns casos. Existem algumas regras básicas que quase todos contemplam como desligar as luzes em ambientes onde não há ninguém, mas também existem outros truques que podem ser muito úteis para poupar energia. Vamos saber quais?
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1. Aquecimento
O aquecimento é responsável por 41% do consumo de energia em uma casa ao longo do ano e só é usado durante os meses frios. Existem várias maneiras de reduzir os gastos, ainda que as mais efetivas são:
- Revisar a instalação. Um dispositivo em mau estado pode disparar o consumo e, assim, evitar despesas adicionais devido a quebras. A economia é de 15%.
- Uma temperatura entre 19 e 21 ºC é mais do que suficiente para manter uma agradável sensação térmica.
- Instalar termostatos que regulam a temperatura. Se não forem programáveis, melhor, já que a economia fica entre 8% e 13%.
- Desligue o aquecimento à noite.
- Ter um bom isolamento pode evitar até 50% de vazamento de calor.
- Ventilar a casa 15 minutos uma vez por dia geralmente é o suficiente para renovar o ar.
- Desligue o aquecimento à noite ou abaixe o termostato para 16 ºC, bem como durante as ausências prolongadas.
2. Iluminação
“Apaguem as luzes!” É uma das frases mais repetidas pelos pais aos filhos para que aprendam esse hábito e não causem danos, já que a iluminação é responsável por 9% do consumo energético em casa. A economia nesta seção é composta mais por pequenas mudanças no comportamento do que por grandes ações:
- Aproveite a iluminação natural.
- Não deixe as luzes acesas em salas vazias.
- Use lâmpadas economizadoras, que consomem 80% menos do que as normais para o mesmo nível de iluminação e duram até oito vezes mais. É claro que elas não são recomendadas em locais onde a luz é ligada e desligada continuamente.
3. Eletrodomésticos
Nos últimos tempos, proliferaram os anúncios que defendem o uso de eletrodomésticos ecológicos ou de baixo consumo de energia. São nove faixas diferentes, desde os aparelhos que gastam menos menos (classe A) até à que gasta mais (classe G) e a diferença pode significar multiplicar o gasto por 100 em um período de 15 anos. Os números não são desprezíveis, considerando que 12% do gasto de energia em casa é devido a eletrodomésticos.
- A escolha da categoria de menor consumo é sempre mais lucrativa a longo prazo. Mas o mínimo deve ser classe A +.
- Desligue os aparelhos quando não estiverem em uso e não os deixe no “modo de espera” ou “stand by”.
- Desconecte os adaptadores que não estão sendo usados, pois continuam funcionando.
- Use fichas elétricas com botão interruptor.
4. Cozinha
A cozinha é um dos “pontos quentes” da economia de energia, mesmo excluindo a máquina de lavar e secar roupa, que muitas vezes também se encontram no mesmo espaço. A cozinha é responsável pelo consumo de 11% da energia da casa, mas felizmente reduzir os gastos é relativamente simples.
- A lista dos utensílios de cozinha de acordo com a sua eficiência energética é a seguinte: micro-ondas, fogão elétrico com panela de pressão, fogão tradicional e forno. As panelas de pressão economizam muita energia e tempo.
- Aproveite o calor residual dos fogões elétricos. Em outras palavras, desligue o ‘fogo’ um pouco antes de terminar de cozinhar.
- O fogão a gás é mais eficiente que o elétrico.
- Use a geladeira com bom senso, ou seja, não abra a porta desnecessariamente, certifique-se de que o isolamento funciona e coloque-a longe de fontes de calor como o forno ou a cozinha.
- No que diz respeito à máquina de lavar louça, o seu maior gasto (80%) ocorre no aquecimento da água, portanto os programas de economia que lavam em temperatura mais baixa representam uma economia significativa.
- Não use a máquina de lavar louça até que esteja completamente cheia, a menos que você tenha a opção de colocá-la a meia carga.
5. Ar condicionado
Vale a pena mencionar separadamente o enorme gasto que este dispositivo sozinho produz. O uso correto durante os meses de verão (e inverno, quem o usa como sistema de aquecimento) pode levar a grandes economias e fortalecimento das suas economias e finanças:
- Escolha um eletrodoméstico de acordo com as necessidades específicas, prestando especial atenção à potência de que você precisa.
- Uma temperatura de 25ºC costuma ser mais do que suficiente para uma sensação agradável.
- Limpe o filtro a cada 15 dias para assim evitar sobrecarregar o motor.
- Desligue o aparelho assim que o espaço estiver refrigerado e ligue o modo de ventilação.
- Verifique o dispositivo a cada dois anos.
A observação de todos estes pequenos pontos, a maioria dos quais bastante fáceis de cumprir e que não envolvem qualquer tipo de investimento, pode ser equiparado a um bónus extra por ano em termos económicos. Mas tudo é uma questão de experimentar e se resultar, as suas finanças vão agradecer.
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